ATUALIDADES - VARIEDADES - VIDEOS E POEMAS DE AMOR
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sexta-feira, 2 de março de 2012
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POESIAS PARA AQUECER O CORAÇÃO - RONALDO BALBACCH
POETA RONALDO BALBACCH
UM SONETO EM HOMENAGEM A MULHER
JOÍA RARA
Mulher flor de perfume intenso
Teus olhos tem o brilho do cristal,
Teu sorriso é prazer imenso,
Tu és a alegria do meu festival.
Tesouro há sete chaves guardado,
A mais pura pérola consagrada,
Reluz, sonhos, desejo e pecado
Jóia rara que me deixa apaixonado.
Jóia rara, pura e tão cobiçada,
Linda, amada e quão desejada,
Por este homem puramente idolatrada!
Jóia assim, é luz na minha estrada,
Te desejo mulher encantada,
Relíquia, almejada, e por mim tão amada.
Ronaldo Balbacch
Membro de Poetas Del mundo
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=5721
São Paulo, SP, 31 de julho de 2009.
Mulher flor de perfume intenso
Teus olhos tem o brilho do cristal,
Teu sorriso é prazer imenso,
Tu és a alegria do meu festival.
Tesouro há sete chaves guardado,
A mais pura pérola consagrada,
Reluz, sonhos, desejo e pecado
Jóia rara que me deixa apaixonado.
Jóia rara, pura e tão cobiçada,
Linda, amada e quão desejada,
Por este homem puramente idolatrada!
Jóia assim, é luz na minha estrada,
Te desejo mulher encantada,
Relíquia, almejada, e por mim tão amada.
Ronaldo Balbacch
Membro de Poetas Del mundo
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=5721
São Paulo, SP, 31 de julho de 2009.
MARIO QUINTANA
RECORDO AINDA
Recordo ainda... e nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...
Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...
Estrada afora após segui... Mas, aí,
Embora idade e senso eu aparente
Não vos iludais o velho que aqui vai:
Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai!...
Que envelheceu, um dia, de repente!...
Mario Quintana
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...
Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...
Estrada afora após segui... Mas, aí,
Embora idade e senso eu aparente
Não vos iludais o velho que aqui vai:
Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai!...
Que envelheceu, um dia, de repente!...
Mario Quintana
OS POEMAS
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe daonde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não tem pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Mario Quintana.
não se sabe daonde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não tem pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Mario Quintana.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
QUARTO EM DESORDEM
Na curva perigosa dos cinquenta
derrapei neste amor. Que dor! que pétala
sensível e secreta me atormenta
e me provoca à síntese da flor
que não sabe como é feita: amor
na quinta-essência da palavra, e mudo
de natural silêncio já não cabe
em tanto gesto de colher e amar
a nuvem que de ambígua se dilui
nesse objecto mais vago do que nuvem
e mais indefeso, corpo! Corpo, corpo, corpo
verdade tão final, sede tão vária
a esse cavalo solto pela cama
a passear o peito de quem ama.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
derrapei neste amor. Que dor! que pétala
sensível e secreta me atormenta
e me provoca à síntese da flor
que não sabe como é feita: amor
na quinta-essência da palavra, e mudo
de natural silêncio já não cabe
em tanto gesto de colher e amar
a nuvem que de ambígua se dilui
nesse objecto mais vago do que nuvem
e mais indefeso, corpo! Corpo, corpo, corpo
verdade tão final, sede tão vária
a esse cavalo solto pela cama
a passear o peito de quem ama.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
CARLOS DRUMMOND ANDRADE
A BUNDA, QUE ENGRAÇADA
A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica.
Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora - murmura a bunda - esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.
A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente.
A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.
Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda
redunda.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Está sempre sorrindo, nunca é trágica.
Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora - murmura a bunda - esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.
A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente.
A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.
Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda
redunda.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE